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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um nome na história do esporte: Teixeira Heizer

Mais uma matéria produzida para a faculdade. Desta vez é para "Jornalismo Esportivo". É sobre o Teixeira Heizer e dados da palestra que ele deu pra nossa turma. Ele agora é comentarista do SporTV, mas já passou pelos mais diversos meios de comunicação.
Lá vai então:

            Teixeira Heizer é um dos grandes nomes da imprensa esportiva no Brasil. Formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Teixeira conseguiu notoriedade com o ofício de jornalista. Ele foi o responsável pela primeira transmissão de futebol da TV Globo. Era um Brasil X URSS, em 1965, pela Copa do Mundo. O jornalista auxiliou na inauguração da TV Globo e recebeu o crachá de número 01 da empresa.
           A paixão pelo rádio também faz parte da vida de Teixeira. Ele já trabalhou nas rádios Globo e Continental e vê nesse meio de comunicação um grande estimulador da imaginação. De acordo com suas próprias palavras, as jogadas de futebol que mais lembra foram aquelas que ouviu pelo rádio, veículo que também transmite emoção. E o futebol é cercado de sensações de “desequilíbrio emocional”. Aliás, sua relação com o rádio iniciou-se de forma engraçada. Ele começou a trabalhar na Rádio Continental após inventar o nome dos jogadores da seleção japonesa de natação. Pensou que isso manteria a credibilidade noticiosa da rádio. Os responsáveis pela emissora gostaram e o efetivaram.
          A vantagem de saber as coisas antes de todos e poder transmitir a informação ao mundo foi um dos motivos que fez Teixeira Heizer escolher pelo jornalismo. E o esporte, sua especialidade, traz a possibilidade de analogias e contatos diretos com a política e os pensamentos ideológicos. Tudo isso fascina Teixeira, que se formou em Direito por imposição do pai, em uma época em que somente os cursos de Direito e Medicina eram vistos como formadores de verdadeiras profissões.
         A Secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Marcia Beatriz Lins Izidoro, propôs à Teixeira Heizer a produção de um livro sobre o Maracanã. A publicação tentaria desmistificar a idéia de que o estádio traz azar. Esse pensamento surgiu na final da Copa de 50, em que o Brasil perdeu para o Uruguai. Teixeira explicaria que, naquele ano, a Seleção Uruguaia possuía um time muito melhor tecnicamente que o do Brasil. Isso faz com que a derrota em 1950 não tenha sido algo inimaginável, como sempre foi veiculado. O livro seria lançado em comemoração aos 60 anos do estádio em 2010 e está em processo de negociação.

sábado, 5 de setembro de 2009

CCBB - As Biografias dos Mitos Nacionais 2

Estou percebendo que este período terei que produzir muitos textos, então vou acabar utilizando alguns aqui no blog! Este tive que produzirpara as aulas de Seminários de Poder e Política e Teorias e Técnicas de Reportagem. É sobre um evento que está acontecendo no CCBB e que nós fomos... Mas acho q o texto explcia tudo! Leiam então!!


CCBB – Jornalismo Literário – As Biografias de Mitos Nacionais 2
            Na noite do dia 02 de setembro, nós, das turmas de Seminários de Poder e Política e Teorias e Técnicas de Reportagem fomos à mesa de discussão As Biografias de Mitos Nacionais 2. Esta mesa faz parte do projeto Jornalismo Literário, promovido pelo CCBB em toda primeira quarta-feira do mês desde abril. Os participantes da mesa eram Fernando Morais - autor de Olga e Chatô, o rei do Brasil, entre outros – e Paulo César de Araújo – autor da biografia não autorizada de Roberto Carlos.
            A discussão começou com as palavras de Fernando. O primeiro livro escrito por ele foi Transamazônica. Esta obra tinha o objetivo de mostrar a Amazônia a todos, já que na época ela era muito desconhecida. Antes de se tornar um livro, Transamazônica era apenas uma série de reportagens. Fernando Morais disse que entrou na cultura por acaso. Ele gostava de ser repórter policial, mas por questões financeiras acabou virando editor de cultura.
            Fernando citou o fato de que o livro poder se transformar em filme ou obra televisiva abre um mercado mais amplo para o autor. O escritor disse também que está trabalhando em um livro baseado em fatos reais, que fala sobre cubanos infiltrados em organizações de extrema direita na Flórida com o objetivo de evitar supostos ataques à ilha. Os personagens deste episódio ainda estão vivos. Neste novo livro, Fernando adquiriu uma nova técnica de trabalho: pesquisa e escreve simultaneamente. Em geral, ele primeiro pesquisa para só depois começar a escrever, mas percebeu que isso pode ser bem mais lento do que o novo método adotado.
            Fernando Morais citou também o problema que teve com um político em decorrência do livro A toca dos leões. Esta obra era pra ser apenas um relato sobre a rotina e a história da agência W de Washington Olivetto. No livro ele conta que o publicitário recebeu várias propostas para fazer campanhas políticas, mas como sua agência não faz este tipo de serviço, teve de recusá-las educadamente. Porém, um dos políticos fez certas citações que depois foram reveladas por Olivetto e colocadas no livro. Isso causou problemas e levou a um processo, que até hoje está em andamento.
            Paulo César Araújo revelou que seu interesse por biografias começou a se aprofundar depois que ele leu Olga, livro de Fernando Morais. Ele disse que tem extrema dificuldade de escrever, até mesmo e-mails ou simples bilhetes – prefere a linguagem falada. Quando começou seus estudos sobre MPB, por volta de 1990, percebeu que seu campo de pesquisa era inovador. Seu primeiro livro foi Eu não sou cachorro não: Música Popular Cafona. Em decorrência destes estudos, Paulo César decidiu escrever sobre Roberto Carlos e passou 15 anos tentando entrevistar o cantor. Mas parece que não ter acesso ao “Rei” o ajudou, pois ele teve que pesquisar mais e conseguiu novas informações, antes impensadas. Paulo César comenta que o grande problema de Roberto Carlos é que ele não quer que ninguém faça uma biografia sobre ele. Prefere fazer a sua própria, mas não tem idéia de quando isso vai acontecer. O autor tenta mostrar que um livro escrito pelo cantor seria de memórias, enquanto um escrito por ele é historiográfico. Paulo César fala também que sentiu a parcialidade do juiz em favor do cantor. Segundo consta, o juiz é um cantor amador e teria pedido autógrafos e tirado fotos com Roberto Carlos depois de acabado o julgamento. Este processo também ainda está em andamento.
            Como os dois autores enfrentaram problemas com processos, ambos citaram a Lei Palocci. Esta lei, em termos gerais, fala que a vida de personalidade pública é pública. Isso faz com que não seja mais possível processar autores por informações descobertas nas suas pesquisas. Geralmente estes processos são feitos pelo próprio biografado (como no caso de Roberto Carlos) ou pelos familiares deste (como no caso do processo realizado pelas filhas do jogador Garrincha contra Fernando Morais).
            Outro comentário interessante é que a Editora Planeta é a editora responsável pelos dois livros alvos de processos. E, segundo os autores, ela não ajudou muito.