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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Besouro, espírito de bravura

Já haviam se passado quase quarenta anos depois da abolição da escravatura e os negros continuavam a viver em situações desumanas. A capoeira, proibida, era a válvula de escape destas pessoas que ainda sofriam com uma série de restrições. Esse é o contexto do filme Besouro, que entrou em cartaz nos cinemas de todo o Brasil, inclusive em Niterói, no último dia 30 de outubro. A história se passa nos anos 20, no Recôncavo Baiano e é inspirada em fatos reais. Manoel Henrique Pereira, o Besouro, se tornou um mito e um símbolo da luta do reconhecimento da cultura dos negros no Brasil.
A história da Capoeira começa já no século XVI, quando Portugal começou a trazer negros da África pra trabalharem como escravos. Eles trouxeram de seu continente natal sua cultura e suas danças. O início da capoeira consistia em uma forma de luta que afirmava a cultura negra e os direitos dos escravos libertos. Mas, no Brasil, eles eram proibidos por seus patrões de praticar qualquer tipo de luta. Assim, uniram suas danças típicas a uma espécie de arte marcial e começaram a inventar a capoeira mais parecida com a forma com que ela é conhecida atualmente, uma luta misturada com dança. Por meio dessa necessidade de se unir dança e luta é que a capoeira hoje é a única arte marcial que se pratica acompanhada de música. A música determina o ritmo e o estilo do jogo na roda de capoeira. Ela varia em letra e ritmo. A música “Cavalaria”, por exemplo, era usada para avisar a quem participava da roda que a polícia estava chegando. O filme retrata bem esta realidade, com diversas cenas de retaliações de todo tipo por parte dos patrões que descobriam os negros se divertindo desta forma.
A prática deste misto de esporte e dança ficou proibida no Brasil até 1930, pois era considerada violenta. Nesse ano, porém, um famoso capoeirista, de nome Manuel dos Reis Machado, o Mestre Bimba, fez uma apresentação para Getúlio Vargas. O presidente adorou e transformou a capoeira em esporte nacional brasileiro. Em 1932, Mestre Bimba abriu a primeira escola de capoeira do Brasil, em Salvador, que teve como nome "Centro de Cultura Física e Capoeira Regional da Bahia". Ele criou o primeiro método de ensino da capoeira, que auxilia os alunos a desenvolver os movimentos fundamentais do jogo. Foi com ele que a capoeira passou a ser ensinada em recinto fechado. Uma outra curiosidade sobre este capoeirista é que ele abriu sua primeira escola de capoeira em Angola, no ano de 1918, com apenas 18 anos de idade. Mestre Bimba é considerado o pai da capoeira moderna.
O jogo é caracterizado por golpes e movimentos ágeis e complexos, utilizando os pés, as mãos, a cabeça, os joelhos e os cotovelos. No filme Besouro há ainda a presença dos vôos, já que uma das lendas sobre este capoeirista afirma que ele tinha a capacidade mágica de voar. Existem dois tipos de capoeira, a Angola e a Regional. A Angola assemelha-se mais ao estilo de jogo dos escravos. Nela, os rituais afro-brasileiros estão mais presentes. Seu maior representante foi Vicente Joaquim Ferreira, o Mestre Pastinha. Já a Regional foi criada pelo Mestre Bimba. Esse tipo de capoeira tem uma maior presença de características das artes marciais. O forte da capoeira regional são as quedas, rasteiras e cabeçadas. Quanto à música, o principal instrumento é o berimbau, seja qual for o tipo de capoeira, Angola ou Regional. Porém, há também o pandeiro, o atabaque, entre outros.

Atualmente, a capoeira tem o objetivo principal de manter as tradições. Quando se fala de praticantes sérios nos tempos atuais, a capoeira tem como foco ser um exercício físico e mental e seus golpes são apenas simulados. Ela se tornou um esporte competitivo, de acordo com uma resolução de 1972 do Conselho Nacional de Desportos. E a lenda de Besouro é muito conhecida nestas rodas, que tem este capoeirista como ídolo. Antônio Carlos de Menezes, o Mestre Burguês, é presidente do grupo Muzenza, que está presente em 25 estados do Brasil e mais outros 35 países. Ele deu a sua opinião sobre o filme, no site oficial do grupo: “O Besouro sempre foi um ídolo dos capoeiristas, principalmente nós do Grupo Muzenza, que vemos nele um espírito de bravura, um capoeirista que foi sempre honesto e único no jogo da capoeira. Por onde eu passo, Angola, África do Sul, Europa, todos só falam deste filme”. Ele ainda afirma que "praticar capoeira, é uma das formas mais simples de expressar o desejo de ser livre nos movimentos, e de ser brasileiro de fato".
Isaac da Cruz tem 22 anos e pratica capoeira desde os dez. Segundo ele, “a capoeira completa meu físico e mental e me faz ter a sensação de estar relaxado”. Ele assistiu ao filme Besouro, mas não gostou muito da associação do esporte com o espiritismo: “No filme entende-se que para ser capoeirista tem que ser espírita, entregando-se aos orixás, mas não é bem assim. Para ser capoeirista basta apenas se dedicar ao esporte, respeitando a todos e sendo humilde”.
Com opiniões a favor ou contra o filme, o que interessa é que ele mostra um pouco de como era o passado da capoeira. O que antes era negado aos negros e visto como algo violento, hoje é reconhecido como fundamental na cultura brasileira. Assim como o samba e o futebol, a capoeira leva o nome do Brasil por onde passa. Besouro com certeza ficaria orgulhoso de ver tudo isso.  

Site oficial do filme: http://www.besouroofilme.com.br/ Neste site você pode ver o trailer oficial do filme, além de saber mais sobre a criação deste longa metragem.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Paulo Emílio, exemplo de superação no tiro com arco

Olá, pessoas!
Gostaria de dividir com vocês, desta vez, o prazer que tive na minha entrevista com Paulo Emílio. Ele é deficiente físico e compete no Tiro com Arco. Produzi esta matéria como trabalho final para a disciplina "Jornalismo Esportivo". Espero que curtam, porque eu adorei fazer! =)
Só não tirei fotos dele no dia! =/

 
Paulo Emílio, exemplo de superação no tiro com arco




O carioca Paulo Emílio, de 58 anos, sempre gostou de esporte. Porém, no ano de 1995, um assalto mudou o rumo da sua vida. Paulo, que morava em Recife, foi atingido por um tiro que o deixou paraplégico. Ele era tenente-coronel do Exército, foi reformado e hoje se dedica exclusivamente ao esporte. Compete no tiro com arco desde 2001, na categoria ASW2, para paraplégicos e faz parte da Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos, a Andef. As paraolimpíadas de 2016 ainda são um sonho distante, mas ele afirma que quer realizá-lo e sempre treina com este objetivo. Segue abaixo a entrevista feita com Paulo Emílio na sede da Andef, em Pendotiba, Niterói, durante um de seus treinos.

Por que a escolha pelo tiro com arco?
            Foi uma escolha sem querer. Eu era funcionário de uma antiga associação que não existe mais, a Associação Brasileira de Esporte em Cadeira de Rodas, ABRADECAR, que era uma das filiadas ao Comitê Paraolímpico. Lá eu era conselheiro fiscal e fui convidado pela associação para fiscalizar uma competição que ocorreu lá em Fortaleza, na Universidade Federal do Ceará. Chegando lá, havia um técnico de tiro com arco chamado Renato Emílio, que é carioca e não tem nada a ver comigo, mesmo tendo o nome Emílio, assim como eu. O Renato Emílio estava fazendo uma demonstração, uma espécie de workshop para deficientes. Eu fui chamado então, como convidado, já que eu era deficiente, pra eu puxar um arco. Puxei, gostei e estou até hoje.

Como sua família reagiu quando você disse que ia realmente se dedicar ao esporte? Praticou algum outro esporte?
            Bom, minha família me apóia, né, porque o esporte pro deficiente físico é uma válvula de escape. Se todo dia eu não vier pra cá e não brigar um pouco com o Bruno (ajudante do atleta durante os treinamentos), eu não me sinto bem, tem alguma coisa faltando. Além do tiro com arco, antes eu fazia natação, basquete e tênis de mesa, competindo em todos eles.  Hoje em dia eu pratico só por lazer, tênis e natação. O tiro com arco é competição mesmo.

Quantos prêmios você tem em tiro com arco?
            Eu fui o primeiro campeão do primeiro Campeonato Brasileiro Paradesportivo, que foi em Brasília. No segundo eu fiquei em terceiro lugar e no terceiro eu ganhei de novo. Sou bicampeão. Participei também de três eventos internacionais, na Itália, na Espanha e aqui no Brasil. A minha categoria é ARW2, que significa arqueiro na cadeira de rodas, com lesão na medula torácica. Ou seja, paraplégico. São três categorias básicas: ARW1, de tetraplégicos, ARW2, paraplégicos e ARST, amputados que atiram em pé ou sentados, mas com apoio.


Tem o objetivo de ir a alguma paraolimpíada?
      Eu já estou um pouco velho pra isso. Tenho 58 anos. Paraolimpíada pra mim é muito difícil, os índices são altos. Só vão para paraolimpíadas os melhores do país, né? Então eu tenho que ser o melhor dos melhores. No momento eu tenho que superar a mim mesmo. Mas há a vontade e estou treinando pra isso. A gente chega lá.

Como foi a reação da sua família, e a sua também, ao saber que você havia ficado deficiente?
            Como toda família reage. As desgraças, as tragédias desequilibram tanto quem sofre quanto a família. Ela também é muito afetada. A gente pode ver isso nas novelas mesmo. O entorno da família, dos amigos, o trabalho da pessoa, tudo sofre com ele. Eu era tenente-coronel do exército, ia comandar uma unidade. Tinha 45 anos, era jovem ainda. Tive que ser reformado no exército. Isso desequilibra muito o psicológico, mas a gente supera.

Depois de se tornar deficiente, demorou quanto tempo para entrar no esporte?
            Imediatamente. Na própria reabilitação que eu sofri lá no Sarah (Hospital de Reabilitação Sarah Kubitschek), eu comecei a jogar basquete e a nadar. A natação e o basquete foram meus dois primeiros esportes. A natação porque você ta no meio líquido, seu corpo fica mais solto, você começa a trabalhar as articulações. O basquete porque ocupa tua cabeça e é um esporte coletivo. Isso é muito bom.

Como é a sua rotina de treinos?
            Eu treino de quatro a cinco vezes por semana, três horas por dia. Faço um aquecimento tocando a cadeira. Em seguida, atiro a distâncias curtas, de uns oito, dez metros. Depois eu atiro a 30 e a 50. Aqui eu só posso atirar até 50 metros, por causa do espaço e por segurança.

Ter sido militar ajudou no seu condicionamento físico?
      Não só no condicionamento físico como também no técnico, porque eu era atirador.

E antes, você já fazia algum esporte por lazer?
            Eu fazia esporte de competição, era esgrimista. Fui esgrimista do Flamengo durante muitos anos. Fiz curso para dar aula na cadeira de rodas, para cadeirantes e para pessoas de pé. Eu sempre fui bastante dedicado ao esporte. Ele é minha vida, é muito importante. É o que mantém minha mente ocupada, o que me evita de fazer besteira. Comecei a me dedicar ao esporte desde a época do colégio militar. Só não gosto de futebol. Meu irmão brincava comigo porque quando eu era garoto dizia que era Bangu, mas eu nunca me lembro disso.

Por curiosidade, como é este esporte para os tetraplégicos, já que eles não tem o movimento dos braços?
                  Alguns tetraplégicos conseguem empunhar o arco. Eles tem dificuldade na largada da flecha, mas existem uns dispositivos que facilitam. Eles podem ser presos na cadeira, para o equilíbrio de tronco, e também podem usar gatilho ou um arco mais fraco.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Teologia: ensino superior pago



            Os cursos de Teologia ainda são um mistério. Pouco conhecidos e divulgados, estão presentes em poucas universidades, em sua maioria pagas. Estudar teologia acaba por ser visto como algo feito exclusivamente para quem quer agir dentro de sua igreja, seja como padre, pastor, entre outros. Porém, existem os chamados leigos, aqueles que fazem teologia com o objetivo principal de adquirir conhecimento.
            Por serem em grande parte pagos, os cursos de teologia exigem que seus alunos façam um investimento em sua formação. Porém sempre há uma chance de se conseguir bolsas ou descontos. O que se observa, no entanto, é que praticamente nenhuma universidade pública oferece este curso. O pastor Neucir Valentim, da Primeira Igreja Evangélica e Congregacional de Niterói, afirma que o principal empecilho é a falta de procura por parte dos alunos. “Quando alguém vai fazer um curso de teologia, ele não quer apenas aprender. Ele quer aprender a vivência religiosa e praticá-la. O curso feito em igrejas dá base a fé que a pessoa tem. O curso feito em universidades é amplo e liberal e não se especifica nas doutrinas de nenhuma religião”, afirma. Segundo o pastor, as universidades Estácio de Sá e Salgado de Oliveira (Universo) começaram com este curso e não prosseguiram por falta de procura.              
           

O que você faz? Teologia

            Mas porque fazer um curso de teologia, já que o retorno financeiro é praticamente nulo? O padre colombiano Leonel Narváez, ganhador da Menção Honrosa de Educação para Paz da Unesco em 2006, deu a sua opinião sobre o assunto durante uma visita ao Brasil. “As pessoas tem visto que a espiritualidade é um assunto importante para os seres humanos. E eu acho importante, porque se percebe que a religião não foi feita apenas para igrejas”, afirmou o padre.
            O professor Izidoro Mazzarolo, do curso de teologia da PUC ressalta a importância do conhecimento na evangelização. “É altamente elogiável que os leigos estudem teologia, assim eles colaboram de modo mais qualificado na evangelização e na formação dos novos cristãos”, afirma o professor.
            E se a ausência de diploma universitário era um empecilho, isso já não acontece mais. De acordo com o pastor Neucir Valentim, os cursos de Teologia podem se conveniar a universidades e passar a oferecer um diploma de ensino superior reconhecido pelo MEC. “Depois de um exame criterioso, as faculdades fazem estes acordos, que vem crescendo em um número além do normal”, afirma. Estes convênios, porém, não são feitos com cursos pertencentes à igrejas, mas de instituições teológicas que tenham seu próprio reconhecimento como centro de ensino, portando, por exemplo, um CNPJ.

Afinal de contas, o que é o curso de Teologia?

            O curso de Teologia é muito difundido nas igrejas, como algo informal. Porém é pouco conhecido daqueles que não freqüentam o universo religioso. Mais difícil ainda é encontrá-lo nos institutos de ensino superior. O professo Izidoro Mazzarolo mostra alguns dos tipos de cursos de Teologia existentes: “No universo teológico católico existem três níveis de estudo: o curso de teologia em Universidades ou Faculdades de Teologia; os seminários de teologia, alguns só para seminaristas e outros são mistos, onde leigos também estudam, mas o ensino é o mesmo para todos; e as escolas paroquiais de teologia, onde estudam, quase unicamente, leigos. Essas são mais de cunho pastoral ou catequético e não conferem título acadêmico”.
            As disciplinas são bem variadas, mas giram em torno do tema central, que é o estudo de Deus e tudo que O cerca. A bíblia, por exemplo, é estudada com exaustão. Aprende-se também sobre alguns aspectos históricos e doutrinários. Há ainda os estudos das línguas como o grego e o latim, que remetem à história das igrejas e da bíblia. Enfim, tudo que envolva a religião e a fé é abordado.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Profusão do funk!

              Ok, eu gosto de dançar funk nas festas que vou. Tem um ritmo legal, bom pra descontrair de vez em quando. Mas o fato é que este ritmo está cada vez mais entranhado na alma do povo. Os cariocas então, nem se fala! Basta sair na rua que é quase certo encontrar alguém com o som do celular no último volume tocando uma das músicas saídas da Furacão 2000.
             E o funk é composto das coisas mais banais! Qualquer assunto é motivo. Com que ritmo mais se faria uma música com a risada do pica-pau? Muitas outras coisas “úteis” são usadas nas letras. Minha última descoberta foi a versão de “Os sapinhos fazem hum-ah-hum”, de Chaves, com a batida do pancadão! Não tô conseguindo postar o vídeo, mas segue abaixo o ultra mega power enorme link para ele!

http://www.youtube.com/watch?v=r7OVweIzNv4&ytsession=pC4j2GvmLtmO9aX12kxKcSGtAl_oOz5O03wvZ1Ow9Q9IfLwCJUdoGmFtaPE1SPKC0iZyQLS3Qu36i3y71VdnvNyAe15ifJp1jVQJIQW2cbQNkqeZpQ7q23TEQ1p73sWyMLvSD4CyGRq0Q_MDvUJKdjv08tj4EbOGG3tm8nDSRla-_wxrOcZyGd2NhR8g4H3z5-L6g0oV_6LWW3wvJESPz1eidxg_VkXhQlckPoxyQwdiybt0F-0C8YVfNzpIh7zfA34OQf7LTcUd4J0MI915DQthwhi29oYOk6Z1CQQZfYoXCTbVxihX4ASIQIo380ZqHmM-Ea6Cx7EJXwml1_kZoKUS6zBP8M3DiVzlTRVNAjIhlAfIukCpX-ypDke4F7M08J18xjHj74-EcQykTfAs_Qcz6H9C1UK44y56EAIsh_lUs0X0Zjs1mtRcCV-uj8Ws

Só gostaria que todos que gostam do funk e o ouvem, não importa com que freqüência, também se interessassem por outros tipos de música (e que não seja só o pagode!).

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Meu ídolo está nos livros


            Ter ídolos é algo comum, principalmente na adolescência. É a idade em que todos buscam seus referenciais em alguém que admiram. Cantores, atores e artistas em geral são os alvos principais desta juventude. Mas, atualmente, muitos vêem como ídolos outras pessoas: são os escritores e os personagens de obras literárias. Os jovens se tornam fãs inveterados, capazes das maiores loucuras para ver aqueles que fazem parte do seu livro de cabeceira. Assim, adolescentes dos mais diferentes lugares têm percebido a literatura como algo que os preenche e traz informações que interessam.
            É comum o pensamento de que jovens não gostam de ler. No mundo atual, a Internet e a TV têm um grande papel na formação de vontades. Com isso, o livro acaba perdendo o seu espaço e é deixado de lado nas bibliotecas e prateleiras das casas. A sociedade nos dias de hoje exige rapidez e a leitura de obras literárias é vista como algo que consome muito tempo para ser finalizada. Outro problema está na leitura por obrigação. As escolas indicam livros que por muitas vezes não reproduzem temas atraentes para essa faixa etária. Com isso, ler passa a ser visto como algo chato, que não traz nenhum tipo de prazer.
            Porém, há muitos livros que chamam a atenção dos jovens. Um dos maiores fenômenos atuais é a série Crepúsculo. Com quatro livros lançados, a série da autora Stephenie Meyer conta a história de um vampiro que se apaixona por uma menina comum. É um misto de romance, drama e aventura que atrai uma legião de adolescentes. A estudante Marina Vilas, de 14 anos, conta que foi a série que a atraiu para o universo dos livros. “Depois de Crepúsculo eu viciei em leitura. Agora sempre que eu acabo um livro já corro e compro outro”, conta a menina. Seu pai, o técnico de produção Walter Micheli, porém, não é favorável à existência de ídolos, mas acredita que a série de vampiros fez com que sua filha se aproximasse muito mais da leitura. “Não gosto de livros ‘comerciais’ que precisam de uma mídia forte por que tem que vender muito senão não lançará o próximo. Livros memoráveis são esquecidos nas estantes, pois já foram vendidos e não alimentarão a máquina do capitalismo. Mas neste contexto o interesse da Marina pelo assunto a fez ler muitos outros livros”, diz Walter.
            Personagens e enredos de obras literárias, como Harry Potter e Crepúsculo, tem fãs pelo mundo inteiro. Mas e quando os ídolos são os autores? Thalita Rebouças é considerada uma musa por jovens de todo o país. A autora é a responsável por sucessos como “Fala Sério, Mãe” e “Tudo por um Namorado”. Na última Bienal do Livro do Rio de Janeiro, a fila de jovens que esperavam por um autógrafo dela era enorme. Seus livros tratam de temas comuns aos adolescentes, como a relação com os pais e o amor, usando uma linguagem comum entre os membros desta faixa etária. “A idolatria por astros da música é comum, mas por escritores tem um sabor especial, pois pode fazer com que esses jovens ganhem o hábito da leitura por toda a vida”, afirma a autora. Gustavo Reiz é outro autor voltado para o público jovem. Além de livros como “Sonhos de umas Férias de Verão”, colabora em roteiros de novela e atualmente é contratado pela Rede Record. “Acho importantíssimo esse despertar dos jovens para a leitura, independente do motivo - seja pelo personagem, pelo autor, pela adaptação cinematográfica. O fato é que os jovens têm lido mais e isso é admirável. Quando esse interesse se dá por autores nacionais então, é fantástico”, afirma o autor.
            De acordo com pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), os livros de literatura juvenil foram os que mais cresceram em produção entre os anos de 2007 e 2008, com um aumento de 41,88%. Em 2007 foram produzidos 1.711 exemplares, e no ano seguinte já somavam 2.428. A série “Fala Sério”, de Thalita Rebouças, é um bom exemplo deste processo. Ela é composta por quatro livros, e todos eles estão na lista dos 30 mais vendidos da Editora Rocco. “Fala Sério, Pai!” é o terceiro colocado, à frente de obras como “A Hora da Estrela” e “Laços de Família”, de Clarice Lispector, sexta e décima quarta colocadas, respectivamente. Segundo informações da Editora Rocco, ela já vendeu mais de 400 mil livros, somados todos os 10 títulos, desde Traição entre Amigas, em 2000. Outro grande sucesso, a série Crepúsculo, tem os seus quatro livros ocupando da segunda a quinta colocações dos livros de ficção mais vendidos do país, segundo o site da revista Veja.
            É importante, porém, que se perceba até que ponto os jovens são capazes de fazer uma leitura crítica. Por terem nos escritores e personagens seus ídolos, a tendência é que os adolescentes vejam somente características positivas nestas obras literárias, e se esqueçam de avaliá-las criticamente. Thalita Rebouças acredita que o principal é aproximar os jovens da leitura. “Quando tão jovens até acho que pode sim afetar uma leitura mais crítica, mas o objetivo é formar leitores nessa fase tão difícil da vida. Se eu atingir esse objetivo, minha missão está cumprida”.

            Marly Maria, psicóloga, é mãe de Clara, estudante de 14 anos. Ela apóia que sua filha tenha uma escritora, a autora da série “Fala Sério!”, como ídolo. “A única diferença que vejo em relação a qualquer outro ídolo é que, pelo menos, está diretamente relacionado ao hábito da leitura que, a meu ver, é fundamental ao desenvolvimento do ser humano como um todo”, comenta. Mas é importante mostrar aos jovens que ninguém é perfeito, e todo fanatismo tem limites. Os pais devem conversar sobre novas possibilidades de leitura, com diferentes autores e histórias. “Nenhum fanatismo deve ser alimentado, o equilíbrio é sempre a melhor opção. É importante que o leitor não fique restrito a um só autor, a uma determinada série, por mais que ele tenha se identificado com aquele trabalho. Certamente existirão outros trabalhos pelos quais ele também pode se identificar”, afirma Gustavo Reiz.
            Os pais são grandes responsáveis para que o filho sinta prazer com a leitura. Thalita Rebouças acha que o exemplo deles é fundamental. “Todo mundo que eu conheço que cresceu numa casa com muitos livros desenvolveu o hábito da leitura. O filho que vê o pai ou a mãe sempre com um livro tem muito mais chance de virar também um leitor habitual”, afirma. Gustavo Reiz acha, ainda, que os pais devem indicar obras que tenham relação com a realidade do jovem. “É bom que os pais sugiram livros que se encaixem no perfil do filho ou filha. Recebo muitas mensagens de mães e pais, que agradecem pelos filhos terem começado a ler a partir dos meus livros”, conta o autor. A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, produzida pelo Instituto Pró-Livro, mostra que, entre não leitores,  86 % nunca foram presenteados com livros na infância e 55% nunca viram os pais lendo. É fácil perceber que a educação dos filhos inclui bons hábitos de leitura, para que se possa desenvolver o raciocínio, a criatividade e o senso crítico.

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Depois de um tempo de entrevistas e coleta de informações, aí está a matéria final, produzida para a disciplina "Oficina de Reportagem".

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Um nome na história do esporte: Teixeira Heizer

Mais uma matéria produzida para a faculdade. Desta vez é para "Jornalismo Esportivo". É sobre o Teixeira Heizer e dados da palestra que ele deu pra nossa turma. Ele agora é comentarista do SporTV, mas já passou pelos mais diversos meios de comunicação.
Lá vai então:

            Teixeira Heizer é um dos grandes nomes da imprensa esportiva no Brasil. Formado em Direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Teixeira conseguiu notoriedade com o ofício de jornalista. Ele foi o responsável pela primeira transmissão de futebol da TV Globo. Era um Brasil X URSS, em 1965, pela Copa do Mundo. O jornalista auxiliou na inauguração da TV Globo e recebeu o crachá de número 01 da empresa.
           A paixão pelo rádio também faz parte da vida de Teixeira. Ele já trabalhou nas rádios Globo e Continental e vê nesse meio de comunicação um grande estimulador da imaginação. De acordo com suas próprias palavras, as jogadas de futebol que mais lembra foram aquelas que ouviu pelo rádio, veículo que também transmite emoção. E o futebol é cercado de sensações de “desequilíbrio emocional”. Aliás, sua relação com o rádio iniciou-se de forma engraçada. Ele começou a trabalhar na Rádio Continental após inventar o nome dos jogadores da seleção japonesa de natação. Pensou que isso manteria a credibilidade noticiosa da rádio. Os responsáveis pela emissora gostaram e o efetivaram.
          A vantagem de saber as coisas antes de todos e poder transmitir a informação ao mundo foi um dos motivos que fez Teixeira Heizer escolher pelo jornalismo. E o esporte, sua especialidade, traz a possibilidade de analogias e contatos diretos com a política e os pensamentos ideológicos. Tudo isso fascina Teixeira, que se formou em Direito por imposição do pai, em uma época em que somente os cursos de Direito e Medicina eram vistos como formadores de verdadeiras profissões.
         A Secretária de Turismo, Esporte e Lazer do Rio de Janeiro, Marcia Beatriz Lins Izidoro, propôs à Teixeira Heizer a produção de um livro sobre o Maracanã. A publicação tentaria desmistificar a idéia de que o estádio traz azar. Esse pensamento surgiu na final da Copa de 50, em que o Brasil perdeu para o Uruguai. Teixeira explicaria que, naquele ano, a Seleção Uruguaia possuía um time muito melhor tecnicamente que o do Brasil. Isso faz com que a derrota em 1950 não tenha sido algo inimaginável, como sempre foi veiculado. O livro seria lançado em comemoração aos 60 anos do estádio em 2010 e está em processo de negociação.

sábado, 5 de setembro de 2009

CCBB - As Biografias dos Mitos Nacionais 2

Estou percebendo que este período terei que produzir muitos textos, então vou acabar utilizando alguns aqui no blog! Este tive que produzirpara as aulas de Seminários de Poder e Política e Teorias e Técnicas de Reportagem. É sobre um evento que está acontecendo no CCBB e que nós fomos... Mas acho q o texto explcia tudo! Leiam então!!


CCBB – Jornalismo Literário – As Biografias de Mitos Nacionais 2
            Na noite do dia 02 de setembro, nós, das turmas de Seminários de Poder e Política e Teorias e Técnicas de Reportagem fomos à mesa de discussão As Biografias de Mitos Nacionais 2. Esta mesa faz parte do projeto Jornalismo Literário, promovido pelo CCBB em toda primeira quarta-feira do mês desde abril. Os participantes da mesa eram Fernando Morais - autor de Olga e Chatô, o rei do Brasil, entre outros – e Paulo César de Araújo – autor da biografia não autorizada de Roberto Carlos.
            A discussão começou com as palavras de Fernando. O primeiro livro escrito por ele foi Transamazônica. Esta obra tinha o objetivo de mostrar a Amazônia a todos, já que na época ela era muito desconhecida. Antes de se tornar um livro, Transamazônica era apenas uma série de reportagens. Fernando Morais disse que entrou na cultura por acaso. Ele gostava de ser repórter policial, mas por questões financeiras acabou virando editor de cultura.
            Fernando citou o fato de que o livro poder se transformar em filme ou obra televisiva abre um mercado mais amplo para o autor. O escritor disse também que está trabalhando em um livro baseado em fatos reais, que fala sobre cubanos infiltrados em organizações de extrema direita na Flórida com o objetivo de evitar supostos ataques à ilha. Os personagens deste episódio ainda estão vivos. Neste novo livro, Fernando adquiriu uma nova técnica de trabalho: pesquisa e escreve simultaneamente. Em geral, ele primeiro pesquisa para só depois começar a escrever, mas percebeu que isso pode ser bem mais lento do que o novo método adotado.
            Fernando Morais citou também o problema que teve com um político em decorrência do livro A toca dos leões. Esta obra era pra ser apenas um relato sobre a rotina e a história da agência W de Washington Olivetto. No livro ele conta que o publicitário recebeu várias propostas para fazer campanhas políticas, mas como sua agência não faz este tipo de serviço, teve de recusá-las educadamente. Porém, um dos políticos fez certas citações que depois foram reveladas por Olivetto e colocadas no livro. Isso causou problemas e levou a um processo, que até hoje está em andamento.
            Paulo César Araújo revelou que seu interesse por biografias começou a se aprofundar depois que ele leu Olga, livro de Fernando Morais. Ele disse que tem extrema dificuldade de escrever, até mesmo e-mails ou simples bilhetes – prefere a linguagem falada. Quando começou seus estudos sobre MPB, por volta de 1990, percebeu que seu campo de pesquisa era inovador. Seu primeiro livro foi Eu não sou cachorro não: Música Popular Cafona. Em decorrência destes estudos, Paulo César decidiu escrever sobre Roberto Carlos e passou 15 anos tentando entrevistar o cantor. Mas parece que não ter acesso ao “Rei” o ajudou, pois ele teve que pesquisar mais e conseguiu novas informações, antes impensadas. Paulo César comenta que o grande problema de Roberto Carlos é que ele não quer que ninguém faça uma biografia sobre ele. Prefere fazer a sua própria, mas não tem idéia de quando isso vai acontecer. O autor tenta mostrar que um livro escrito pelo cantor seria de memórias, enquanto um escrito por ele é historiográfico. Paulo César fala também que sentiu a parcialidade do juiz em favor do cantor. Segundo consta, o juiz é um cantor amador e teria pedido autógrafos e tirado fotos com Roberto Carlos depois de acabado o julgamento. Este processo também ainda está em andamento.
            Como os dois autores enfrentaram problemas com processos, ambos citaram a Lei Palocci. Esta lei, em termos gerais, fala que a vida de personalidade pública é pública. Isso faz com que não seja mais possível processar autores por informações descobertas nas suas pesquisas. Geralmente estes processos são feitos pelo próprio biografado (como no caso de Roberto Carlos) ou pelos familiares deste (como no caso do processo realizado pelas filhas do jogador Garrincha contra Fernando Morais).
            Outro comentário interessante é que a Editora Planeta é a editora responsável pelos dois livros alvos de processos. E, segundo os autores, ela não ajudou muito.

domingo, 30 de agosto de 2009

Mudanças.

A muito tempo que penso em mudar o layout do Twitter e do blog, mas nunca tinha conseguido, ou tido tempo, ou quem sabe paciência. Mas hoje (mais exatamente agora) tomei vergonha na cara. Principalmente depois de ver tudo que os meninos fizeram aqui na Pastoral da Comunicação. É meio vergonhoso uma pessoa que faz faculdade de Jornalismo e vai viver da Comunicação não dar o mínimo de atenção para aquilo que ela usa e tem.

Que mais e mais eu arranje uma brechinha pra dar um pulo por aqui!

Valeu geeente!

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Futuros Advogados?


Hoje cheguei na faculdade para o primeiro dia de aulas efetivas (que não ocorreram "efetivamente", mas enfim...).
Logo no começo, ouvi sobre a história do trote dos alunos de Direito aqui da UFF. O fato é que veteranos de DIREITO daqui pegaram uma aluna (isso se não tiverem sido mais, né?) e fizeram algumas "propostas" para ela. Em troca de não precisar pedir dinheiro na rua, ela deveria fazer sexo oral nos veteranos! Isso mesmo!! Ou então, poderia beijar todos eles e conseguir um abatimento na cota. A menina que fez a denúncia diz que se recusou e, em troca, foi atingida com farinha e água (o que dá uma mistura bem nojenta e difícil de sair).
O que mais me impressiona é que estes alunos, como bem destacado anteriormente, eram de Direito. Eles são os nossos futuros advogados.
Agora que cara teremos quando formos dizer aos outros que participaremos da semana de trote? Como os futuros calouros virão participar do trote? Sempre que eu falava sobre o trote, meus conhecidos começavam a falar de td aquilo de ruim que aparecia na TV. Eu sempre rebatia dizendo que essas coisas aconteciam em outras faculdades e talz. Que nunca haviam existido casos como este na UFF.
Eis que aparecem estudantes aqui do final da rua de casa.
Agora, depois de terem ralado pacas pra passar pra um curso disputado em uma universidade federal, correm o risco de serem expulsos. Enquanto isso, milhares de outros jovens fariam de td para estar no lugar deles.

VERGONHOSO!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Maldito Porquinho.


Não aguento mais a Gripe Suína. Tudo no mundo agora gira em torno disso! Agora são as aulas, que não param de ser adiadas. Interessante, porque as pessoas não vão pras escolas e faculdades e se fecham em salas de cinema e shoppings. Então, que diferença faz??? E ainda vou ficar estudando em Dezembro e, quem sabe, Janeiro.
Uma vez li em um blog falando que a manchete de um jornal de São Paulo (A Folha ou O Estado, num lembro) era sobre a quantidade de pessoas que morrem da "gripe comum" no Brasil todos os dias. Muuuito maior do que a Gripe Suína. Mas a TV e os Jornais só sabem falar nessa 'nova" gripe e deixa todo mundo desesperado. O que assusta é o fato de ainda não termos uma vacina ou um medicamento eficaz. Claro, é uma nova doença!! Só não devemos parar de viver. A chance de morrermos está presente em todos os lugares (ainda mais quando se mora em grandes cidades como o Rio de Janeiro!).
E parece que a doença está só nas escolas, né? Porque ainda num vi nenhum escritóri fechar, nenhuma grande empresa parar de funcionar. Se fosse o certo, deveríamos ficar todos em casa, sem fazer nada! Nem ver TV e ler jornal poderíamos, porque as pessoas que trabalham nestes locais tbm deveriam ficar em suas casas.

Sinceramente, não entendo!
Se algm tiver uma explicação, por favor, me dê!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Bicas - MG

De Curitiba para Bicas, na Expo 2009!


Geeente, q delícia o show do Molejo ontem. Num dava nada pelo show, pensei que fosse ser bem enjoadinho! Mas, só pra me contrariar, me acabei de dançar! Tinha tempo que não sambava!
E, além de tudo, relembrei músicas da minha infância! hehehehe.. E diversos outros sambas!!



Abaixo, foto de alguns dos muitos primos que tenho espalhados por aí (e minha irmã tbm):





domingo, 19 de julho de 2009

Visões curitibanas

Continuando sobre a viagem...

Bom, hoje fomos única e exclusivamente em uma feira enooorme que tem aqui. Ela funciona aos domingos no centro histórico..

É enorme, cheia de coisas diferentes. Quando vc pensa q acabou, surgem bifurcações e extensões...

O mais incrível é que não temos sentido muito frio aqui. O mais frio foi hoje - parece que uns 14 ou 15 graus. E isso mais por causa do ventinho gelado. Nem estou usando todos os meus casacos! =)

Outra coisa que deve ser dita: Esse lugar tem uma concentração de pessoas loucas. Nunca vi tanta gente doida reunida como nessa cidade!! hehehehe .. "Pessoas alternativas" em exagero...

E nem vi TANTOS homens bonitos quanto era de se esperar!! Existem ,claro, mas não na concentração absurda que pensei. =)
Há mais loucos do que bonitos! ahuahuahu


Beeeijos a todos e até a próxima!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Viagens

Geeeente, foi mal de não ter contado nada sobre o PHN até hoje! Falta de tempo (e um pquinho de preguiça, devo admitir!!)!
O fato é que já estou em um outro lugar!
Cheguei em Curitiba hoje! Primeira vez que ando de avião e talz.
Hoje nem conhecemos direito a cidade. Ficamos mais andando por uma rua com muitos casacos pra comprar. Mas com sou mão de vaca... =)
Amanhã parece que pegaremos o ônibus de turismo! Parece aqueles de Nova York, abertos em cima e talz! Devo colocar as fotos no meu orkut depois!!!

Bom, é isso, galerinha mais ou menos!
Depois dou mais uma passadinha por aqui!!!

Beijocas!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

PHN 2009

Pois é galera! Hoje a noite estou partindo pra Cachoeira Paulista rumo à 11ª edição do PHN, na Canção Nova.
O evento só começa no fim da tarde de amanhã. Mas, antes, vamos dar uma passada em Aparecida do Norte.
Enfim, só pra dizer que no final de semana não aparecerei na internet, mas depois volto pra contar como foi a viagem e talz!

Beeeeijos
E se divirtam no final de semana (com moderação! =] )

terça-feira, 30 de junho de 2009

Fugalaça

Acabei de ler ontem o livro ao lado, "Fugalaça", de Mayra Dias Gomes. Aliás, qualquer semelhança não é mera coincidência: a autora é filha do dramaturgo Dias Gomes.
No livro, Mayra usa dos artifícios da ficção para narrar sua própria adolescência e os problemas que vieram após a morte de seu pai. Dias Gomes morreu quando ela tinha 11 anos.

É aquele tipo de leitura que a gente não consegue parar. Tudo se resume a sexo e drogas, mas de uma maneira tão real que começamos a nos sentir envolvidos com a história.
Serve pra percebermos aquilo que sempre escutamos: Dinheiro não é tudo! Pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade.

Mayra Dias Gomes relata todo o mal que ela acabou fazendo a si mesma e a todos que a rodeiam após a morte de seu pai.

Bom, o livro é da minha irmã, e ainda fico meio tensa em saber que foi ela que comprou e leu esse livro. Achei meio forte demais pra uma menina de 13 anos (a idade que tinha quando leu o livro). Sei lá, acho q os tempos mudam, e passam muito rápido! =)

A propósito, fiquei muito tempo sem passar por aqui! Tentarei mudar isso e escrever com bem mais frequência (senão meu blog nunca vai ter público, né? heheheheh)


Beijos a todos que por aqui passarem!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Uma criança, apesar de tudo


Venho aqui (depois de muito tempo, admito) demonstrar a minha insatisfação com o que os produtores do SBT vem fazendo com a pequena Maísa. É absurdo a maneira como estão tratando a menina! Algo como se ela fosse um objeto que rende lucros.

No domingo retrasado, a menina saiu chorando com medo de um menino que estava vestido de monstro! O mais absurdo é que o menino apareceu única e exclusivamente para assustar a Máisa! Quando o objetivo foi alcançado, o menino foi simplesmente dispensado pelo apresentador Sílvio Santos. Maísa saiu desesperada (com berros assustadores, que eu pensei que só eu soubesse dar, diga-se de passagem) do palco e só voltou depois de se acalmar.
No último domingo, dia 17/05, a menina voltou ao programa de Sílvio Santos, onde participa do quadro "Pergunte para a Maísa". O apresentador começou a relembrar a o fato acontecido no programa anterior. Maísa encheu os olhos de lágrimas, dizendo estar magoada. Resolveu sair do palco e acabou batendo a cabeça em uma das câmeras. Obviamente, chamou a mãe. Mas não quis sair do palco sem antes ter uma "permissão de seu chefe".
O que mais me perturba é perceber como a situação é levada. Sílvio Santos simplemente repete exaustivamente que a menina está "amarelando" e outras coisas. E incita o público a dizer a mesma coisa.
Que a menina rende dinheiro à emissora, isso é fato. O que não se pode esquecer é que ela é uma criança. Prodígio sim, mas criança. Tem apenas 6 anos.
Até que ponto esta situação será levada? Ações do Ministério Público já vem sendo movidas para que tais acontecimentos cessem ou que a menina saia do ar. Só espero que os representantes do canal percebam o mal que podem estar fazendo a uma criança que ainda tem uma vida enoorme pela frente e pode acabar por levar algumas consequências do que vem acontecendo hoje.
Todo cuidado com as crianças é pouco. Ainda mais com as que conhecem a fama desde criancinhas. Podem achar que tudo isso é muito natural, e quando se defrontarem com a realidade, as consequências podem não ser muito boas.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Eita coisa boa, UAI!

Nossa, q diazinhos maravilhosos q tem sido estes dois últimos!
Ontem, mesmo sem comemorações pelo meu aniversário, estive com algumas das pessoas q adoro mttt!!
Hoje estive com o resto, aqueles que AMO mais q tudo.. A minha família perfeita!!

Dia de grandes emoçoes pra uns (né, mamããe!) hehehe..

Enfim, passei aki mesmo pra dizer q estou meega feliz, apesar do cansaço de uma noite mal dormida e de uma viagem... Estou em Bicas - MG! Nada relacionado ao meu aniversário.. são outras festas de família... Mas estou no meio dele e isso é maravilhoso!


Só tenho a agradecer a papai do céu!!

Beeeeijos a todos!

Té a próxima!!!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

21 anos de amizade

16/04/2009
21 anos do GJAC! Pra quem frequenta o blog e num sabe, GJAC é Grupo Jovem Amigos de Cristo! Faço parte deste grupo desde outubro de 2005, o que é um tempo mínimo perto de outros que lá estão, de gente que já passou por lá, da idade que o grupo tem.
Um ano depois, entrei na coordenação do grupo. É tão boa a sensação de saber que a gente tá fazendo um pquinho pra levar o bem pras pessoas, levar informação, levar a palavra de Deus! Sei que num faço muito, e peço até desculpa aos outros que estão lá. A vitória deste grupo é de vocês, de cada um de vocês, integrantes, coordenadores e ex-coordenadores/integrantes.
Devo a este grupo os meus amigos de Saquarema, o motivo de sentir vontade de voltar pra esta cidade sempre, pessoas maravilhosas que conheci em diversos lugares. Devo a este grupo os passeios mais divertidos, os dias mais legais. Devo a este grupo coisas básicas da minha vida!

Se por muitas vezes pensei em desistir de tudo isso, quando vejo a história e tudo que já se passou, a vontade de fazer com que este grupo não acabe prevalece. Farei o que for preciso pra que ele dure muuuito mais. E enquanto houver um integrante, lá estaremos passando uma reunião com a mesma empolgação!
Uma história que é maior do que a da minha vida! Isso num pode se acabar!

Obrigado por tudo!!

E que muitos anos mais venham!!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Pratas e pretos.


Todos os dias quando chego na janela de casa, tem uma coisa que me incomoda. A maioria esmagadora dos carros nas ruas é em tons neutros, com predominância absurda do prata.
Amo carros prata, que pra mim são os preferidos, os mais bonitos e talz. Mas confesso que está me dando um certo nervoso chegar na janela e sempre ver as mesmas cores. Nada colorido. Um movimento cinzento lá fora, ainda mais com este tempo nublado...
Acho q tô sentindo falta de ver um fusquinha verde, um carro vermelho, sei lá. :D

OBS: Hoje, só porque resolvi divulgar minha "angústia", achei um carro vermelho, que não aparece na foto! :/

segunda-feira, 16 de março de 2009

Rotina.

Aulas começando novamente. Graças a Deus!!! heheheh... Eu já estava me sentindo à toa e inútil vendo td mundo estudando, trabalhando e eu só vendo a vida passar! Sei que daqui a pouco já vou querer férias, mas por enquanto tá bom ter coisas a fazer, hehehe.. Dá um sentimento de utilidade. ;)

Enfim, a vida de volta e a luta por notas melhores também! E, como sempre, comecei o semestre dizendo que agora vou me dedicar de verdade! Quero ver até quando este discurso vai durar!! :/

Beeeijos, galeriiinha!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

"The Phantom of the Opera"


Ontem assisti ao filme “O Fantasma da Ópera”, de 2004. Achei muito bom! As músicas são maravilhosas e a atriz principal já vale pelo filme, com sua voz perfeeeita e sua beleza. A atriz Keira Knightley chegou a fazer testes para interpretar a personagem Christine. Outras atrizes consideradas para o papel foram Anne Hathaway e Charlotte Church. Katie Holmes chegou a ser contratada para interpretar Christine, mas foi recusada pelo diretor Joel Schumacher, que a considerava muito velha para o papel. Particularmente, acho que nenhuma delas ficaria melhor no papel que Emmy Rossum.

Outra coisa encantadora é o figurino. Vários dos vestidos de Christine me encantaram! Já pensei até em copiar pra quando for casar! auhauhhua

Só não recomendo, realmente, pra quem não gosta de musicais. Se bem que eu também não sou mt chegada no gênero, mas gostei do filme. Mas tem certas horas em que é meio difícil segurar o riso, quando transformam qualquer diálogo simples em uma música requintada. Não dá pra negar que é hilário!

Abaixo, o vídeo da música que é, para mim, a mais bela do filme, "All I Ask of You":



domingo, 8 de fevereiro de 2009

Águas sem fim


Tava andando em Madureira no sábado de manhã e vi essa cena: um gari limpando a rua toooda c/ uma mangueira. Na hora o que bateu em mim foi uma revolta. Com toda essa história de aquecimento global e talz, como pode a prefeitura do Rio permitir que um dos seus funcionários use água pra limpar as ruas (q não são poucas) ao invés de vassouras???




Ao chegar em casa, conversando com a minha vó, ela me disse que eles tem que fazer assim, já que ao chegar o final de semana, tem muita urina (e não quero nem imaginar mais o que) na rua, e essa é a única maneira de limpar tudo!


Fiquei pensando, deve haver outra maneira.. Confesso que não consegui descobrir qual, mas tem q ter!


Na verdade, os camelôs, já que tem q existir, que pelo menos não saiam fazendo xixi em tudo quanto é canto, né????




quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Ai, socorro!

Definitivamente, as coisas não vão bem. Eu já estava chocada só em ler a notícia da menininha q morreu dentro da máquina de lavar nos EUA (http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL985774-5602,00-MENINA+DE+ANOS+MORRE+PRESA+EM+MAQUINA+DE+LAVAR.html).
Continuei analisando as coisas e.. 'Usei a língua portuguesa', afirma juiz que citou 'gostosas do BBB'... Cliquei, né? O fato é que, no ano passado, um cara comprou uma TV com defeito, procurou assistência técnica, levaram a TV dele e.. onde ela foi parar? Também num sei. O homem entrou na justiça (que, no nosso país, é extremamente "rápida"e "eficiente" - " A ação foi proposta em maio de 2008 e somente julgada em fevereiro deste ano. "). O grande problema é perceber que, além das qualidades acima citadas de nossa maravilhosa justiça, ela ainda é engraçada. Eis uma parte da sentença: “Sem ele, como o autor poderia assistir as gostosas do Big Brother, ou Jornal Nacional, ou um jogo do Americano x Macaé, ou principalmente jogo do Flamengo, do qual o autor se declarou torcedor?”.
Sim, em uma sentença foram citadas até as "gostosas do BBB"!!

Mas não acabou... Ele continua: “Se o autor fosse torcedor do Fluminense ou do Vasco, não haveria a necessidade de haver televisor, já que para sofrer não se precisa de televisão”.

É o fim! A seriedade escorreu pelo ralo!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

"Quem não sonhou em ser um jogador de futebol?"

Eu estava lendo algumas notícias na net e passei por essa: "Polícia procura suposto empresário do ‘golpe da bola’" (e ao mesmo tempo a notícia passava na TV com minha mãe fazendo comentários)...

Um falso agente dizia pra jovens de famílias carentes que era representante de times europeus e que eles teriam uma chance no outro lado do oceano.. Cobrava deles tudo o que era possível e sumia.
O pai de um dos rapazes chegou a pedir demissão do seu emprego e deu a indenização ao "empresário".
São jovens com um sonho. Jovens que se imaginam como os conhecidos (e a grande maioria nem tão conhecida assim) jogadores brasileiros que fizeram da sua vida e da de suas famílias algo muito melhor depois de irem jogar em outros países. Jovens que se dedicaram o tempo todo ao futebol, se esquecendo que deveriam garantir a sua vida, com escola, cursos, etc. São famílias que retratam bem a realidade do nosso país.
É triste ver coisas como essa acontecendo. De um lado, os jovens e seus parentes, que acreditaram que poderiam se tornar ricos, felizes e que suas vidas mudariam da água p/ o vinho sem nenhum esforço; isso não existe. De outro, um homem que ao invés de dar ajuda pra que essas pessoas pudessem batalhar, só os levou mais ao fundo do poço.

É assim que estamos.
Mas ainda não me dei por vencida. Ainda acredito no ser humano.

Link do vídeo da reportagem do Jornal Hoje: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM958647-7823-FALSO+EMPRESARIO+ENGANA+JOVENS+QUE+SONHAM+SER+JOGADORES+DE+FUTEBOL,00.html

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sem amor, não dá.


Andei lendo e assistindo entrevistas dos jogadores recém-contratados pelo Vasco e só aí percebi uma coisa triste. Todos os que estão vindo fazem isso por um simples motivo: o Vasco será uma vitrine para que eles possam ir para times melhores dentro do próprio Brasil ou, como a maioria quer e não se inibe em dizer, na Europa.
Com jogadores que não tem amor à camisa (e não vão ter, percebe-se pelo discurso, né?) e parecem querer sair do clube o mais rápido possível, não nos espantemos se virmos na disputa da série B um time completamente diferente do que jogará o Campeonato Carioca. Quando as janelas de contratação se abrirem, tudo que eles vão querer é pular pro quintal vizinho.


E a torcida, fica onde?

Selo


Jairo me mandou!

Só que, Jairo querido, vc sabe do meu problema, né? O processo aqui é lento e ainda num tenho 10 blogs pra indicar!


Meu dia ainda vai chegar!! Reze por mim, auhuhauhahua...


Beijos a todos!

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Caminho da igualdade?


A gente sempre escuta falar na tal “Guerra dos Sexos”... Homens e mulheres que sempre acham que o sexo oposto é o mais complicado. Por muitas vezes acaba gerando uma confusão em que ninguém se entende...

Refletindo sobre todas as reclamações de ambos os lados, por muitas vezes penso: “Eu deveria ter nascido homem”. Claro, ia ser gay, mas enfim...
Porque se as mulheres sempre reclamam do futebol, comigo é ao contrário, sempre são eles que reclamam. Porque se as mulheres reclamam que o homem esqueceu detalhes importantes, comigo é ao contrário, eles que reclamam.

Talvez tenha sido o fato de ter crescido com meu primo, de ter passado todos os anos da minha vida escolar sentada no meio de garotos dentro da sala de aula (ouvindo as “conversas de homem” com naturalidade), de gostar de futebol, não sei....

Acho q atualmente meu lado “mulherzinha” tem surgido com mais vigor... Mas, sim, eu geralmente entendo a cabeça dos homens com mais facilidade do que a das mulheres, e amigos homens são beem divertidos!

Já me disseram que eu deveria ter nascido homem, talvez fosse mais normal... Mas aí eu não poderia gostar de outros homens sem sofrer preconceito (porque nada é melhor do que um abraço masculino), não poderia ir ao cabeleireiro sem ouvir piadinhas (mesmo que eu não faça isso com muita freqüência), não poderia ver minha novela em paz, não poderia usar salto alto e blusinha justa, fazer as unhas ou ter bichinhos de pelúcia no quarto.

Aaa, deve ser a tal história de que nós estamos cada vez mais parecidas com os homens, mas ainda temos - e sempre teremos – nossas diferenças. Acho que sou um bom exemplo disso.


OBS: Reflexão feita após assistir a peça “A Comédia dos Sexos”..
Beeeijos pra ti, Walerie! E pra geralz da peça tbm...

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Desventuras em Série


Tava vendo hoje o filme “Desventuras em Série”... Nossa, incrível como tudo dá errado.. Mas uma coisa que ficou na minha cabeça foi quando o Jim Carrey disse que tudo deu errado porque não tinham confiado nas crianças.
Por que cismar em achar que crianças e adolescentes não pensam?? Por que achar que tudo que eles dizem é fruto da imaginação e não deve ser levado em consideração?
Se tivessem pensado diferente, talvez o irmãozinho da Isabella Nardoni tivesse dito quem realmente matou sua irmã. Talvez muitas coisas no mundo pudessem ter sido evitadas ou solucionadas se tivessem sido levados em consideração os comentários infantis.

Cabe a nós também pararmos pra ouvir o que elas tem a nos dizer. Lembrem-se de que já fomos crianças um dia e também queríamos que prestassem atenção na gente!



Observações adicionais à quem interessar:


Desventuras em Série


Após seus pais morrerem, três irmãos passam a morar com um ganancioso tio, que deseja tomar a fortuna que eles receberam como herança. Dirigido por Brad Silberling (Cidade dos Anjos) e com Jim Carrey, Meryl Streep, Jude Law e Timothy Spall no elenco. Vencedor do Oscar de Melhor Maquiagem.